em abril, a real

faço perdida meus poemas desolados
versos encorpados vividos em diversos corpos
todos ventriculados e reestruturados pra alcançar teus olhos
grande parte das vezes tão herméticos que até eu perco os sentidos
mas jamais perco as sensações, os cheiros pregados em quadros fechados
eu só continuo a escrever porque um dia tudo isso aqui vai virar uma história
eu só continuo a escrever porque eu finjo que tudo isso aqui influencia a nossa história.

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