Voltou, ela deixou ele entrar.
Amou.
Dia seguinte, acordou sem saudades.
Partiu.
Quem sabe ano que vem ele volte.
Se voltar ela abre a porta de novo.
São dessas coisas que não crescem ou evoluem,
simplesmente sobrevivem as desilusões.
Mas no fundo, amam.
Tudo bem o amor existir sem paixão, sem desejo.
É carinho e eles são desamparados.
Enlouquecem.
São negros.
Entendem-se,
Estupram-se.
Frio.
As vezes fica tão gelado.
Será que o sangue corre nessa frieza? Será que pensa?
Reajusta o parafuso na cabeça mas o que quebrou foi a porca.
Ele tira mais uma foto.
Ela congela seu canto e encanto
enquanto o flash paralisa o momento,
o movimento em desencanto.
O instante, click...
"Dentro dos meus braços os abraços hão de ser milhões de abraços,Pára.
apertado assim,
colado assim,
calado assim."
Deixa cantar.
Quando os olhos voltarem a ver poesia ela vai parar.
Mas os olhos não voltam, eles não conseguem mais olhar pra dentro.