tempos áridos.

a respiração
no movimento,
os olhos turvos,
uma leve tontura.
aguardo as lágrimas
mas elas não saem,
desistiram, secaram.
como um espirro que...
passou
o verão foi embora.
as saudades parecem eternas,
quanto mais velhos, mais distantes
e quanto mais velha, maior é a vontade de ficar.
não sei se egoísta, se dramática, mas algo aqui dentro me impede de ir com eles.
é um sopro na boca do diafragma que eu tento disfarçar com um cigarro atrás do outro.
se ao menos eles se lembrassem de mim, soubessem da falta que me fazem, de como eu preciso deles...
neste momento devo estar embaixo de algum desses papéis, junto com as contas do banco velhas e telegramas amassados.
procuro uma forma de retomar a caminhada.
desisto, seco.

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