"Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível.Fixava vertigens.Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas.Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas."
De alguma forma enfrentar a situação,
Mesmo sabendo que o hábito da torneira é pingar.
A má compreensão de todas as respostas
As longas curvas dessa estrada crua
Todas as paixões amantes narcisistas
Em um disparo conseguem amparo
Quem fez do silêncio a saudades,
Não fez da saudades o encontro.
Quem fez do encontro o momento,
Não teve um momento de silêncio.
Toda essa altura, essa serra, essa espera...
Debaixo das nuvens cinzas o silencio se enterra,
De cima a distancia implora por uma primavera
Espera que volte e revolte.
Enfrentar a situação é encontrar num dilúvio o mar,
Mas o hábito da torneira ainda continua o mesmo.
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